quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Arte secular?

Ao abrir minha caixa de emails, me deparei com um email chamado “ANDRE VALADÃO E A POLITICA”, com um vídeo criticando o ministro André Valadão‏, por fazer um jingle a um candidato a governador de Minas Gerais. Além de críticas sobre a fé de André, também foram usados argumentos contra todo o ministério da família Valadão. Fiquei indignada, com a maneira que a vida do André foi colocada, porque além de ministro ele também é um artista, um músico. E toda vez que algum artista cristão se manifesta no meio “secular”, várias de críticas surgem oprimindo e acusando o trabalho de ser apenas um modo de se obter fins lucrativos. Será que nós não estamos neste mundo e devemos viver isoladamente, adorando a Deus de maneira com que apenas cristãos e Deus conheçam a nossa arte? O que eu queria falar, não é sobre a campanha em si, mas da maneira que deveríamos olhar nossos artistas. “Uma questão fundamental no tenso relacionamento entre o cristianismo e as artes é a divisão distinta entre o secular e o sacro. Os cristãos acham difícil apreciar a arte que lida com a vida diária, principalmente se essa não apresenta uma conclusão evidentemente espiritual”. (Steve Turner- “Cristianismo criativo?”)
Toda vez que pensamos em “Artista cristão”, nos limitamos a pensar em músicos cantando dentro das igrejas, não nos lembramos dos demais, seja ele dançarino, músico, artista plástico, escultor, escritor. A mente do cristão fica limitada, como se toda essa variedade de “arte” que Deus nos deu não existisse, ou não pudesse ser usada para o reino. Para mim, podemos usar tudo o que ele criou em sua imensa criatividade, não apenas dentro das igrejas, mas também fora delas. Deus não nos chamou para sermos religiosos e opressores deste mundo, mas sim para mudarmos ele, e não conseguiremos mudar o mundo se nos limitarmos a fazer arte apenas dentro das igrejas.

A arte tem fins evangelísticos, pode ser expressa como forma adoração e até ser uma forma de trabalho. Só não podemos aceitar que isso seja primeiro lugar em nossa vida, pois nada além de cristo pode tomar esse lugar, deixando com que a fama, o dinheiro ou a adoração a si mesmo seja nossa motivação. Se um artista sobrevive de sua arte, como ele recusará o dinheiro que ganha? Ou será que não possuímos nossas próprias necessidades? Dessa maneira ninguém poderia ter ser próprio emprego, e deveria manter um vínculo integral com a igreja, ou melhor, com Deus, pois ir a igreja é apenas uma parte daquilo que significa ser cristão. Um artista Cristão deve mostrar sua arte ao mundo, lembrando quem o capacitou e o criou, não apenas dentro das artes, mas no que for ser testemunho e discípulo de Cristo.

Que possamos apreciar a arte da maneira pura e simples que ela é, ter nossa própria crítica diante de um filme, ou um artigo científico. Se continuarmos limitados ao mundo gospel, não conquistaremos o mundo como cristo nos ordenou. Não podemos mais deixar que o inimigo distorça esse imenso ”repertório criativo”, que Deus nos deixou. “Se quisermos ver a arte que desafia o secularismo prevalente, precisamos de artistas que não tenham apenas habilidade, mas que sejam também teologicamente bem preparados e alicerçados na comunhão, e que levem uma vida de obediência. (...) O cristianismo não é uma mera filosofia, é um relacionamento espiritual que resulta em pensamentos e atitudes transformados, e apenas virá á tona em nosso trabalho se tiver, sobretudo permeado a nossa vida(...)” (Steve Turner)

Nosso papel como Cristão, é colocar o nome de Cristo acima de todas as coisas, e termos conhecimento suficiente para não engolirmos qualquer crítica que venha tentar derrubar ou enfraquecer o evangelho. Vamos conhecer mais sobre as artes, sobre o mundo que Deus nos deixou, sobre os grandes artistas da história, e suas artes que são conhecidas até hoje, pois não podemos dizer que não há valor em uma obra de Da Vinci ou Beethoven, só porque não existe algo espiritualmente expresso. Vamos apreciar as variadas formas artísticas e fazer o nome de Deus conhecido por meio delas.
“Ó profundidade da riqueza da sabedoria e do conhecimento de Deus! Quão insondáveis sãos os seus juízos e inescrutáveis os seus caminhos! Quem conheceu a mente do Senhor/ Ou quem foi seu conselheiro? Quem primeiro lhe deu, para que ele o recompense? POIS DELE, POR ELE E PARA ELE SÃO TODAS AS COISAS. A ELE SEJA A GLÓRIA PARA SEMPRE! AMÉM." Rm 11:33-36.
 

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